domingo, 3 de julho de 2011

Psychoville é o seriado mais demente e hilário dos últimos tempos.


O que um palhaço maneta mal-humorado, um anão com poderes psíquicos, um velho cego que coleciona bichinhos de pelúcia, uma mulher que cuidada de uma boneca como se fosse um bebê e um psicopata com problemas com a mãe tem em comum? Eles são os protagonistas do seriado inglês de tevê Psychoville da BBC Two!
Com apenas duas temporadas, a primeira com 7 e a segunda com 6 episódios, além de um especial de Halloween (que por sinal… é macabro), a série Psychoville é uma das melhores produções da TV inglesa.
Tudo começa quando os cinco protagonistas (doidos de pedra) recebem uma estranha carta com a frase: “Eu sei o que você fez”. Porém, fica praticamente impossível imaginar como cada um deles vai reagir a essa estranha ameaça.
A melhor forma de explicar é apresentando os personagens:
Mr. Jelly (ou Sr. Geleia) – O Palhaço
Jelly é um palhaço que depois de perder sua mão direta se tornou uma criatura extremamente ranzinza. Como todos os seus truques foram roubados pelo pilantra Mr. Jolly (Sr. Alegria), ele teve que se virar com seu truque das cem mãos (que na verdade são só 16). No meio do seriado, ele ganha uma parceira chamada Claudia Wren (depois conhecida pelo codinome Joaninha) e forma uma das duplas mais engraçadas da década!
Robert Greenspan – O Anão
O ator Robert Greenspan é anão e está estrelando uma peça de teatro como Dengoso, o afetado amigo da Branca de Neve. O que ele esconde de todos é que acredita ter poderes sobrenaturais! Como uma versão miniatura de “Carrie, a Estranha”, Robert vai usar toda sua malandragem para conquistar a loira (por coincidência, burra) Debbie… que não quer morder sua maçã.
Oscar Lomax – O Velho Excêntrico
Oscar é um daqueles velhos milionários que gastam todo seu tempo e fortuna para completar uma coleção impossível. No seu caso, é uma obscura coleção de bichinhos de pelúcia em perfeito estado de conservação. Ele é tão obcecado que já vendeu os próprios olhos em troca do mais raro dinossauro do planeta. Para ajudá-lo a não fazer mais burradas, Oscar contrata o gente boa Michael Fry, que ele gentilmente chama de Ladrãozinho.
Joy – A mãe compulsiva
Perder um filho é uma experiência bastante traumatizante, mas para essa mulher foi até demais. Joy decidiu adotar uma boneca macabra de pano e lhe deu o nome de Freddie, mas o pior é que ela obrigou seu marido George Aston a lidar como se a criança existisse de verdade. Como ela trabalha orientando mulheres grávidas tem livre acesso dentro do hospital e aproveita isso para uma prática macabra. Ela substitui o conteúdo de bolsas de sangue por suco de uva e injeta o líquido vital em seu “filho”.
David e Maureen Sowerbutts – Mãe e filho assassinos seriais
Poucos casos de complexo de Édipo podem ser considerados extremos como o de David e sua mãe Maureen. David, que aparenta ter quase 40 anos, faz tudo para agradar sua querida progenitora… até mesmo matar alguns de seus colegas de trabalho depois que é demitido. Eles são os protagonistas de um dos melhores episódios, totalmente inspirado na obra de Alfred Hitchcock – principalmente do clássico “Festim Diabólico”.
Na segunda temporada, a série ganha dois novos personagens principais:
Hattie
A maquiadora que para ajudar um amigo gay casa-se com seu namorado iraniano. O problema é que ela leva o casamento a sério e acaba seqüestrando o rapaz no melhor estilo “Obsessão Falta” de ser.
Jeremy Goode
Jeremy era apenas um pacato e adorável bibliotecário com uma grave compulsão por organização, mas tudo muda depois uma mulher esquece de devolver o segundo volume de uma coleção. Ele rende uma das mais bizarras e divertidas situação quando, em momentos de tensão, começa a ter alucinações com um hilário Cantor Silencioso (parece o Dave Grohl vestido de menina do clipe de “Lean to Fly”).
Esse bando de doentes mentais não poderia ter se conhecido em outro lugar se não no Sanatório Ravehill. Um lugar absolutamente aterrorizante e comandado pela doentia enfermeira Edwina Kenchington, que realiza experimentos macabros com seus pacientes. Sem falar que essa megera sádica esconde um terrível segredo!
Os personagens são tão fascinantes e bem construídos, que minha mulher e eu ficamos arrasados com o fim da série. Os atores são tão bons e a direção de Matt Lipsey é tão precisa que aquele bando de malucos ganha vida.
Vale a pena destacar também que boa parte dos personagens da série é interpretada por apenas dois atores: Reece Shearsmith e Steve Pemberton (ambos do grupo de humoristas “The League of Gentlemen”). Os caras são tão bons que só fomos perceber que eram apenas dois caras fazendo quase todos os personagens já no fim da primeira temporada.
Para divulgar o seriado, a BBC lançava um site maluco depois de cada episódio. Dá uma olhada nessa doideira:
Essa foi uma das melhores séries que já vi em toda minha vida! Cada um desses personagens encontrou um lugar em meu coração, lembrarei com carinho deles por muito tempo.
Psychoville é altamente recomendada para quem gosta de humor negro, fãs de filmes de terror, cinéfilos e qualquer doente mental que se identifique.




Fonte: Contraversão.

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